“O centenário do Romantismo”

cetaps.publisher.cityLisboa
cetaps.researcherAlice Laurentino
cetaps.source.placeBiblioteca Nacional de Portugal
cetaps.textComemora-se o centenário do romantismo por toda a Europa onde essa expressão da escola literária teve a retumbância duma revolta. O que hoje se considera com desdém era há seculo visto como um altar. Nasceu na Alemanha com Foethe e Schiller o movimento transformador, tentado em França por Chateaubriand e madame de Satel, embora vagamente, frondejou na Inglaterra com Walter Scott e Byron, foi pujante, enorme, supremo entre os latinos, através de Vitor Hugo, Balzac, que foi mais além, nas fórmulas, como um chefe da nova feição naturalista, George Sand, Lamartine, Sue, e outros, Damas, pai, o adorável fascinador, Alfredo de Vigny, e Afredo de Musset, aniquilando-se, de vez, o classicismo, excepto nas suas obras de génio. Estas são imortais, gloriosas, eternas, e entre as produções românticas muitas ficarão através dos tempos. Em Portugal teve a escola romântica os seus cultures, entre os quais avultam Castilho, Herculano, Garret, João de Lemos, Soares de Passos, Mendes Leal, Gomes de Amorim, António Pereira da Cunha, Bulhão Pato, Tomás Ribeiro, Arnaldo Gama, Camilo Castelo Branco, que foi um dos maiores valores literários da sua época, Latino Coelho, Oliveira Martins, Rebelo da Silva, Pinheiro Chagas, cujos talentos múltiplos o consagraram entre as figuras notáveis da nossa literatura, e ainda outros. A literatura romântica foi um facho que iluminou as almas porque o bom romantismo criou epítritos de ternura e de bem, fóra dos horrores das realidades que, no fim de contas, são quási sempre tão literárias, isto é tão falsas, como as outras escolas.
dc.contributor.authorAnónimo
dc.date.accessioned2024-12-02T11:30:35Z
dc.date.available2024-12-02T11:30:35Z
dc.date.issued1930-02-26
dc.description.abstractCelebração do centenário do Romantismo na Europa, movimento literário que teve grande repercussão em diversos países. Tendo começado na Alemanha com Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) e Friedrich Schiller (1759-1805), e em França com François-René de Chateaubriand (1768-1848) e Germaine de Staël (1766-1817), o Romantismo, em Inglaterra, foi marcado pelos nomes de Sir Walter Scott (1771-1832), autor de romances históricos que influenciaram a literatura inglesa, e Lord Byron (1788-1824), cuja poesia apaixonada e a figura do "herói romântico" se tornaram ícones do movimento. Este período é descrito como um momento que “iluminou as almas” com sentimentos de “ternura” e bondade, surgindo, por isso, em oposição às realidades duras da vida.
dc.format.extent12-13
dc.identifier.citationAnónimo. “O centenário do Romantismo.” ABC: Revista Portugueza, 27 de Fevereiro de 1930, pp. 12-13.
dc.identifier.urihttps://cetapsrepository.letras.up.pt/id/cetaps/130561
dc.language.isopt
dc.publisherCarlos Ferrão
dc.relation.ispartofABC: Revista Portugueza
dc.relation.ispartofvolumeAno X, nº 502
dc.rightshttp://purl.org/coar/access_right/c_abf2
dc.subjectLiteratura
dc.subjectPoesia
dc.title“O centenário do Romantismo”
dc.typeArticle

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