“A noiva nº 68, com Conrad Veidt”
dc.date.accessioned | 2024-04-19T10:03:50Z | |
dc.date.available | 2024-04-19T10:03:50Z | |
dc.description.abstract | Numa crítica cinematográfica ao filme alemão A Noiva Nº 68 (tradução de Das Land Ohne Frauen), de 1929, o autor assinala a centralidade das noivas inglesas para colmatar a falta de mulheres na Austrália. Podemos acrescentar que, de entre o elenco do filme, conta-se com a participação de Hans Walter Conrad Veidt (1893-1943), um actor germânico-inglês, e de Clifford McLaglen (1892-1978), nascido no Reino Unido. | |
dc.format.extent | 9 | |
dc.identifier.uri | https://cetapsrepository.letras.up.pt/id/cetaps/114382 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | A Renascença Portuguesa | |
dc.publisher.city | Porto | |
dc.relation.ispartof | Princípio | |
dc.relation.ispartofvolume | 4 | |
dc.researcher | Marques, Gonçalo | |
dc.rights | metadata only access | |
dc.source.place | BN P.P. 3800 A. | |
dc.subject | Cinema | |
dc.text | A noiva n. 68, com Conrad Veidt Numa Austrália de fins do século passado, entre a gente variada dos pesquizadores do ouro, desenvolve-se êste filme que tem, apesar de certas banalidades, um vigor, uma crueza invulgar. É um drama dum indivíduo que entre duzentos ou trezentos que esperam uma noiva (noivas mandadas de Inglaterra, em vista da falta de mulheres que havia na Austrália) é o único que, depois de durante muito tempo não ter sonhado senão com essa tão desejada, aínda que ignorada, mulher; fica desiludido, pois a que lhe era destinada morreu; mas o acaso revela-lhe que não é assim, e que a que lhe era destinada vive, mos foi para outro, pois quando da morte da outra, um sorteio escolheu qual dos homens ficaria sem noiva. Como não tenciono contar o filme, nada mais direi: este pouco tem por único fim indicar a atmosfera do filme, que é invulgar, pois o problema é dos mais curiosos. Mas, certas coisas estragam um pouco a impressão geral: o filme é inùtilmente complicado por um dispensável fait divers; de qualquer maneira, há em todo êle uma sinceridade, por assim dizer, uma preocupação de mostrar homens verdadeiros e sem disfarce, que dão ao filme grande valor. A animalidade, o instinto brutal e sem máscara, tem no filme algumas representações admiráveis de verdade. Um filme em que há tragédia, mas sem gestos, sem esgares: uma grande compreensão do homem, aínda que visto sob poucos aspectos. Um filme rude, sem literatice, sem sentimentalismo. Conrad Veidt, de que será ocioso fazer o elogio, exagera todavia um pouco o seu papel que, como sempre, é o de um homem pouco menos que doido; destrambelhado e esmagado pela vida. | |
dc.title | “A noiva nº 68, com Conrad Veidt” | |
dc.type | artigo de imprensa |